Principais erros cometidos por pequenas e médias empresas

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No universo empresarial prevalece uma máxima “abrir um negócio é fácil, difícil é mantê-lo” e, de fato, essa é uma afirmativa que representa uma cruel realidade. Segundo estatísticas, 30% das empresas brasileiras fecham suas portas no primeiro ano de vida, e que mais de 70% não conseguem sobreviver ao quinto ano, nestes casos, as micros e pequenas empresas representam a grande maioria.

A questão é: o que leva o índice de mortalidade destas empresas tão precocemente?

A resposta a esta indagação não pode ser atribuída apenas a um fator isolado, e sim a uma série de fatores que interferem negativamente no desempenho e a rentabilidade de uma empresa, primeiramente, a inexperiência administrativa e gerencial em lidar com as operações e rotinas do dia-a-dia, tais como, impostos, fluxo de caixa, financiamentos, carga tributária, planejamento estratégico, estudo de mercado, tudo isto, representam alguns dos fatores que podem levar ao fechamento de uma empresa já nos primeiros anos de funcionamento.

A ausência de um plano de negócio ou planejamento estratégico que direcione o rumo da empresa é algo extremamente prejudicial. É necessário elaborar um plano com muita clareza, objetividade, detalhando pormenorizadamente, de forma antecipada, antes de realizar qualquer ação ou investimento, seja tempo ou dinheiro; do contrário a empresa fica exposta ao fator sorte, o que não é bom.

Através do plano de negócio bem elaborado, de preferência por uma consultoria especializada, poderá fazer toda diferença no sucesso do negócio, haja vista que, é neste que ocorre o levantamento de diversos dados a respeito da demanda mercadológica pelo produto, concorrência local, preço médio do produto no mercado, payback e risco.

Muitas empresas iniciam suas atividades sem o lucro esperado, às vezes até com déficits acima do previsto, posteriormente poderão ocorrer outras dificuldades, tais como, demora nas entregas, problemas com fornecedores, falta de mercadoria, inadimplência, falta de capital de giro, entre outros.

 Principais Erros Cometidos

  • Não possuir um plano de negócios, planejamento estratégico ou análise de mercado;
  • Misturar as finanças da empresa com as pessoais;
  • Contratar familiares e/ou amigos não focando em colaboradores mais preparados. É estratégico parametrizar os pré-requisitos para cada cargo ou função selecionando profissionais com o perfil e competências necessárias para a empresa.
  • Não estabelecer metas e prazos para cada colaborador, bem como, o administrador
  • Tomar decisões de forma precipitada, sem informações precisas, principalmente informações financeiras. É necessário ter um completo controle detalhado de todas as receitas, despesas fixas e variáveis. É imprescindível simular os impactos futuros de qualquer ação;
  • Contrair empréstimos para pagamento de despesas operacionais, sem possuir um plano de recuperação ou reestruturação. Se a empresa não consegue pagar as despesas operacionais com as receitas da operação, será preciso alterar ou rever o plano de negócio e, nunca confundir despesas operacionais com investimentos;
  • Prorrogar decisões de mudanças estratégicas, tais como, demissões, alterações nos procedimentos, aumento no investimento, entre outras;
  • Perder o comando, a comunicação e o respeito das pessoas. Todos têm a sua devida importância para o perfeito funcionamento do organismo, mas algumas pessoas são e precisam exercer o papel do cérebro (decisão, planejamento, comando) e outras, dos órgãos e membros do corpo (operação, execução, controle);
  • Ficar dependente de funcionários, fornecedores ou clientes. É preciso evitar esta dependência que traz riscos significativos para o negócio, elaborando planos de contingência para a falta ou desistência destes. “Quem tem um, não tem nenhum”. Tenha pelo menos dois funcionários com conhecimento dos processos-chave, dois fornecedores distintos de matéria-prima/produtos e dois clientes com a mesma proporção de receitas;
  • Acreditar que sabe e domina tudo, que não precisa de ajuda e que nunca enfrentará dificuldades. É preciso ouvir e considerar a opinião/sugestão dos funcionários, clientes e fornecedores, se atualizar e se aperfeiçoar continuamente, bem como, buscar ajuda profissional para agregar valor à operação da empresa.

Em fim, é preciso muita perseverança, dedicação, arrojo e disposição ilimitada para que o negócio possa evoluir e expandir, sempre pautando nas necessidades basilares do crescimento empresarial, tais como, uma estratégia de vendas definida, um plano de marketing estrategicamente elaborado e a capacidade produtiva compatível com a demanda esperada.